sábado, 23 de janeiro de 2010

A religião é a responsável pelos maiores genocídios da história? - Verdade ou mentira?



Mito muito divulgado pelos neo-ateistas. Na verdade, os maiores responsáveis pelos genocídios foram os regimes Ateus, como os de Hitler, Lênin, Khrushchev, Brezhnev, Pol Pot, Fidel Castro e Stalin (existem diversos outros). O que se sabe hoje é que os regimes ateístas assassinaram mais, em um único século, cerca de cem milhões de pessoas

Todos os eventos religiosos que os céticos apontam (principalmente Dawkins, Sam Harris, Hitchens e Bertrand Rusell) chegam a duzentas mil pessoas. Dinesh D’Souza fala que “Mesmo levando em conta os maiores níveis populacionais, a violência ateísta supera a violência religiosa em termos incríveis de proporção. Aqui está um calculo aproximado. A população mundial, que era de aproximadamente quinhentos milhões em 1450 d.C., tornou-se cinco vezes maior em 1950, chegando a 2,5 bilhões. Somadas, as Cruzadas, a Inquisição e a queima de bruxas mataram aproximadamente duzentas mil pessoas. Ajustando esse número ao aumento da populaçãoo, temos, hoje, o equivalente a 1 milhão de mortes. Mesmo assim, essas mortes causadas por governantes cristãos ao longo de um período de quinhentos anos correspondem a apenas 1% das mortes causadas por Stalin, Hitler e Mao no espaço de algumas décadas.”

O que o ateu pode fazer é se contentar, diante da sua cosmovisão, pois o que eles estavam fazendo foi tudo por “ordem” dos seus genes, para, de alguma forma, perpetuar a sua espécie. Alem de que a seleção natural estava dando conta para acabar com os mais fracos (e isso era uma das cosias que Hitler afirmava, baseado no darwinismo).

Quero deixar claro aqui que não estou afirmando que o ateísmo leva necessariamente as pessoas a cometer atos imorais, mas é fato que o ateísmo possibilitou isso a esses regimes, afinal, não existe nenhuma moral absoluta segundo o naturalismo.

Outra coisa que quero destacar é que uma coisa é certa: O ser humano é mau, e crendo ou não que exista uma moral absoluta, ele pode fazer cosias boas e cosias ruins.

Mas é uma mentira absurda a afirmação de que as religiões foram responsáveis pelos maiores massacres da história.

A razão e os seus limites.



Não acho que a razão humana não tenha limites como parece pensar essas pessoas que acham que a ciencia um dia vai provar a existência ou a inexistencia de Deus.

A ciência vai nos mostrar muitas coisas, mas não acho que vai ser possivel conhecer toda a realidade atravez dela. Kant, em sua Critica da razão pura mostrou isso.

É muito dogmatismo arriscar afirmações baseadas na razão sem ver quais tipos de afirmações a razão humana pode fazer. Foi isso o que Kant disse.

Todo o conhecimento humano está baseado na experiencia. E toda experiencia humana vem dos nossos sentidos. Os seres humanos possuem cinco sentidos, e essas informações são processadas pelo cerebro.

Tudo o que imaginamos, descobrimos, criamos são baseados nesses sentidos.

Mas como sabemos que a nossa percepção da realidade (atravez dos nossos cinco sentidos) corresponde à propria realidade? E como percebemos o que dizemos perceber?

O conhecimento externo vem do objeto (que a pessoa vê, pega ou cheira) e dos nossos sentidos.

Então isso significa que não sabemos como é a realidade externa em sua totalidade, mas apenas o que podemos filtra-la com nossos sentidos. Alguns animais possuem apenas alguns sentidos, por exemplo, podem apenas sentir o toque e cheiro. E o mesmo se aplica ao ser humano, possuimos apenas 5 sentidos.

Não sabemos, por exemplo, como é a realidade "filtrada" pelos outros animais. Claro que, hoje, com a tecnoligia, podemos ver a forma que alguns animais vêem a realidade, mas, mesmo assim, ela é filtrada por nossos sentidos.

Berkeley até disse que não temos motivos pra acreditar que exista uma realidade material independente de nossa mente.

Kant não falou que os sentidos são poucos confiaveis, já que se pode encontrar forma de corrigir certas distorções sensoriais (como um galho reto que é enchergado torto debaixo d'agua).

Segundo isso que ele falou, não podemos saber realmente a realidade em si, todos os aspectos da realidade, apenas a realidade experimental. E isso é tudo o que nossa razão pode saber atravez da experiencia, e essa experiencia vem apenas de cinco sentidos.

Temos a realidade experimental e a propria realidade. Só podemos reconhecer a realidade exdperimental.

É muita fé na razão humana achar que um dia vamos conseguir provar que não existe nenhum Deus. E é muita ilusão confundir a realidade experimental da realidade em si.

Esse tipo de afirmação adimite, sem qualquer evidencia ou prova, que as experiencias com os nossos 5 sentidos nos dão acesso total à realidade. Mas o que garante que a realidade total é o que experimentamos? Nada.

Isso que é muita fé e muita imaginação!

A razão humana tem limites e é contrário a propria razão (limitada) achar que podemos ter acesso a toda a realidade atravez das nossas experiencias sensoriais, porque a realidade em si permanece separada aos nossos limitados 5 sentidos.

Pelo que parece, até Paulo afirmava que não conhecemos a realidade em si:

"Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido." 1Co 13:1

Autor: Jonadabe Rios 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A Teoria da evolução afirma que o homem veio do macaco. - Verdade ou mentira?



Apesar de não ser evolucionista (embora não seja contra a teoria, só não considero que as evidencias sejam suficientes), é muito comum aparecer pessoas afirmando que o evolucionismo afirma que “o homem veio do macaco”.

Por isso é importante questionar algo que se tenha estudado. Na verdade, Darwin afirmou que possuímos ancestral comum, afinal, nós apresentamos características muito parecidas.

Existem várias criticas à Teoria da Evolução que considero interessantes, mas esse tipo de critica realmente não faz nenhum sentido.

Ser cético é sempre a mesma coisa que ser um ateu ou agnóstico. - Verdade ou Mentira?



Isso é mentira. Ceticismo é uma postura onde o individuo procura questionar as coisas. O que acontece é que muitos ateus se acham os únicos que questionam, no entanto acabam não questionando vários pontos do que supostamente os levaram a ser ateus.

Quem afirma ser cético em um conjunto de crenças sobre a realidade metafísica, é, na verdade, um crente em outros conjuntos de crenças. De fato, há diversos teístas bem mais céticos que certos ateus. Como se pode ver com vários pensadores que, diante das evidencias, concluíram que é mais racional acreditar que exista um Deus, e que a cosmovisão ateísta não se enquadra no que observamos. Um exemplo muito famoso é o filosofo Antony Flew, que conta alguns dos motivos em seu livro “Um ateu garante: Deus existe”.

Por isso, quando se assume uma posição no que se diz respeito às realidades metafísicas, a não ser que afirme categoricamente que não sabe, ele, apesar de ser cético a certos tipos de crenças, é um verdadeiro crente em outro conjunto de crenças. Um cristão acredita que Deus existe, e não acredita que o mundo surgiu por causas puramente naturais, enquanto o ateu não acredita que Deus existe, porém acredita que o universo e a vida se originaram por processos randômicos sem que Deus algum exista.

Jesus é uma cópia de mitos pagãos. - Verdade ou Mentira?



Essa frase vem sendo copiada por muitos que se dizem céticos, que na verdade são neo-ateus que não buscam realmente conhecer o assunto (verdadeiros crentes do naturalismo), mas apenas querem, a qualquer custo, lutar contra a religião. Mito é a validade dessa afirmação.




É claro que ninguém é obrigado a acreditar que Jesus é o messias, que curou milagrosamente e que ressuscitou dos mortos. Mas não se pode negar a sua historicidade, muito menos afirmar que ele é uma cópia pagã sem estar sendo desonesto intelectualmente.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Cristianismo de mente vazia.

JOHN STOTT


O que Paulo escreveu acerca dos judeus não crentes de seu tempo poderia der dito, creio, com respeito a alguns crentes de hoje: “Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento”1. Muitos têm zelo sem conhecimento, entusiasmo sem esclarecimento. Em outras palavras, são inteligentes, mas falta-lhes orientação.

Dou graças a Deus pelo zelo. Que jamais o conhecimento sem zelo tome o lugar do zelo sem conhecimento! O propósito de Deus inclui os dois: o zelo dirigido pelo conhecimento, e o conhecimento inflamado pelo zelo. É como ouvi certa vez o Dr. John Mackay dizer, quando era presidente do Seminário de Princeton: “A entrega sem reflexão é fanatismo em ação, mas a reflexão sem entrega é a paralisia de toda ação”.*


O espírito de anti-intelectualismo é corrente hoje em dia. No mundo moderno multiplicam-se os pragmatistas, para os quais a primeira pergunta acerca de qualquer idéia não é: “É verdade?” mas sim: “Será que funciona?”. Os jovens têm a tendência de ser ativistas, dedicados na defesa de uma causa, todavia nem sempre verificam com cuidado se sua causa é um fim digno de sua dedicação, ou se o modo como procedem é o melhor meio para alcança-lo. Um universitário de Melbourne, Austrália, aos assistir a uma conferência na Suécia, soube que um movimento de protesto estudantil começara em sua própria universidade. Ele retorcia as mãos, desconsolado. “Eu devia estar lá”, desabafou, “para participar. O protesto é contra o quê?”. Ele tinha zelo sem conhecimento.


Mordecai Richler, um comentarista canadense, foi muito claro a esse respeito: “O que me faz ter medo com respeito a esta geração é o quanto ela se apóia na ignorância. Se o desconhecimento geral continuar a crescer, algum dia alguém se levantará de um povoado por aí dizendo ter inventado... a roda”2.
Este mesmo espectro de anti-intelectualismo surge frequentemente para perturbar a Igreja cristã. Considera a teologia com desprazer e desconfiança. Vou dar alguns exemplos.


Os católicos quase sempre têm dado uma grande ênfase no ritual e na sua correta conduta. Isso tem sido, pelo menos, uma das características tradicionais do catolicismo, embora muitos católicos contemporâneos (influenciados pelo movimento litúrgico) preferiram o ritual simples, para não dizer o austero. Observe-se que o cerimonial aparente não deve ser desprezado quando se trata de uma expressão clara e decorosa da verdade bíblica. O perigo do ritual é que facilmente se degenera em ritualismo, ou seja, numa mera celebração em que a cerimônia se torna um fim em si mesma, um substitutivo sem significado ao culto racional.


Por outro lado, há cristãos radicais que concentram suas energias na ação política e social. A preocupação do movimento ecumênico não é mais o ecumenismo em si, ou planos de união de igrejas, ou questões de fé e disciplina; muito pelo contrário, preocupa-se com o problema de dar alimentos aos famintos, casa aos que não têm moradia; com o combate ao racismo, com os direitos dos oprimidos; com a promoção de programas de ajuda aos países em desenvolvimento, e com o apoio aos movimentos revolucionários do terceiro mundo. Embora as questões da violência e do envolvimento cristão na política sejam controvertidas, de uma maneira geral deve-se aceitar que a luta pelo bem estar, pela dignidade e pela liberdade de todo homem, é da essência da vida cristã. Entretanto, historicamente falando, essa nova preocupação deve muito de seu ímpeto à difundida frustração de que jamais se alcançará um acordo em matéria de doutrina. O ativismo ecumênico desenvolve-se como reação à tarefa de formulação teológica, a qual não pode ser evitada, se é que as igreja neste mundo devem ser reformadas e renovadas, para não se dizer, unidas.


O terceiro exemplo que dou são alguns grupos de cristãos pentecostais, muitos dos quais fazem da experiência o principal critério da verdade. Pondo de lado a questão da validade do que buscam e declaram, uma das características mais sérias, de pelo menos alguns neo-pentecostais, é o seu declarado anti-intelectualismo. Um dos lideres desse movimento disse recentemente, a propósito dos católicos pentecostais (carismáticos), que no fundo o que importa “não é a doutrina, mas a experiência”. Isso equivale a pôr nossa experiência subjetiva acima da verdade de Deus revelada. Outros dizem crer que Deus propositadamente dá às pessoas uma expressão ininteligível a fim de evitar a passagem por suas mentes orgulhosas, que ficam assim humilhadas. Pois bem, Deus certamente humilha o orgulho dos homens, mas não despreza a mente que ele próprio criou.


Estas três ênfases – a de muitos católicos no ritual, a de radicais na ação social, e a de alguns pentecostais na experiência – são, até certo ponto, sintomas de uma só doença, o anti-intelectualismo. São válvulas de escape para fugir à responsabilidade, dada por Deus, do uso cristão de nossas mentes.


Num enfoque negativo, eu daria como subtítulo a este trabalho “a miséria e a ameaça do cristianismo de mente vazia”. Mais positivamente, pretendo apresentar resumidamente o lugar da mente na vida cristã. Passo a dar uma visão geral do que pretendo abordar.


Concluindo, procurei prevenir contra o extremo oposto, também perigoso, de abandonar um anti-intelectualismo superficial para cair num árido super-intelectualismo. Não estou em defesa de uma vida cristã seca, sem humor, teórica, mas sim de uma viva devoção inflamada pelo fogo da verdade. Anseio por esse equilíbrio bíblico, evitando-se os extremos do fanatismo. Apressar-me-ei em dizer que o remédio para uma visão exagerada do intelecto não é nem depreciá-lo, nem negligenciá-lo, mas mantê-lo no lugar indicado por Deus, cumprindo o papel que Ele lhe deu.







1 – Romanos 10.2
* - Também neste sentido, afirma Júlio Andrade Ferreira, em Conheça sua Fé, p. 13 (Livraria Cristã Unida): “A verdade não está na doutrina sem vida, nem na vida sem doutrina. Pelo contrário, na vida que expressa a doutrina, na doutrina que orienta a vida.”
2 – De seu comentário a Play Power, de Richard Neville.
(New York: Random House, 1970) em Guardin Weekly de 28 de fevereiro de 1970.