quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Meditações sobre o Inferno

Veio em mente uma analogia que explica muito bem o porque do inferno não ser logicamente contraditório com um Deus amoroso, além a aniquilação ser uma falta de respeito. Isso além de várias outras explicações coerentes que existem.

Já havia tratado da questão de que se Deus obrigasse o homem a viver com Ele, ou amá-lo seria uma falta de respeito, além de que seria imoral o Pai destruir (como diz a doutrina da aniquilação) o filho por este motivo. Outra analogia que me veio a mente é a de um Noivo e a Noiva. Sabemos que as Escrituras constantemente fazem alusão da Igreja como a Noiva e de Cristo como seu Noivo. Essa analogia também faz grande sentido com a questão do inferno.

Pense numa mulher que não ama os padrões de um homem que a ama, muito menos ama esse homem. Pense que esse homem faz de tudo para que ela o ame, mas ela possui essa livre escolha. Dessa forma, seria imoral obrigá-la a viver com ele e casar-se, até porque um homem que ama não obrigaria a isso. Seria mais imoral ainda matá-la porque não desejou viver com esse homem. Isso é muito imoral. A solução moral é deixar a mulher viver sem esse homem, viver segundo as suas vontades. O Inferno seria, então, a vida das pessoas sem o Noivo, onde as pessoas vivem segundo seus próprios pecados. Como Deus é Amor, por natureza ele não pode obrigar uma pessoa a amá-lo, muito menos irá aniquilar essa pessoa para sempre. Tirar a existência dessa pessoa só porque ela não desejou viver com Ele.

É claro que nenhuma analogia explica por completo estas questões espirituais. Só quando a pessoa estiver totalmente com Cristo ou no Inferno saberá plenamente a alegria de estar com Deus plenamente ou a tristeza de estar separado eternamente de Deus, de não amar porque não quer amar (e de talvez não conseguir olhar nos olhos dos que também estão lá). De qualquer modo, não vejo como Deus possa ser Amor e ainda não existir o Inferno.

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