sábado, 21 de janeiro de 2012

Divindade de Jesus – A importância da questão. - Peter Kreeft e Ronald K. Tacelli.

Um texto interessante para a reflexão:

1.    A divindade de Cristo é a doutrina cristã de maior destaque. Define-se cristão basicamente como uma pessoa que acredita nisso. E nenhuma outra religião tem uma doutrina sequer semelhante a essa. Os budistas não acreditam que Buda era Deus. Os muçulmanos não acreditam que Maomé era Deus. Eles afirmam: “Não existe outro Deus além de Alá, e Maomé é seu profeta”.

2.    A diferença essencial entre o cristianismo ortodoxo, tradicional, bíblico, apostólico, histórico e o cristianismo revisionista, modernista e liberal está na crença sobre a divindade de Cristo. A revisão essencial modernista procura ver Cristo simplesmente como o homem ideal, ou “o homem em favor de outros”; como profeta, rabino, filósofo, mestre, assistente social, psicólogo, psiquiatra, reformador, sábio ou mago, mas não como Deus encarnado.

3.    Essa doutrina serve como uma chave-mestra, que destranca todas as outras portas doutrinárias do cristianismo. Os cristãos crêem em todas as suas muitas doutrinas não porque raciocinaram e as encontraram como conclusões de um inquérito teológico, ou como resultado de experiências místicas, mas com base na autoridade divina daquele que as ensinou, como estão registradas na Bíblia e como foram transmitidas pela Igreja. Se Cristo fosse apenas humano, poderia ter cometido erros. Portanto, qualquer pessoa que quiser discordar dos ensinos pouco populares de Cristo terá de negar a divindade dele. E com certeza haverá aspectos de Seus ensinamentos que todos consideraremos ofensivos – se observarmos a totalidade desses ensinos, em vez de atermo-nos àqueles que consideramos aceitáveis ou familiares.

4.    Se Cristo é divino, então sua encarnação foi o evento mais importante da história. É o divisor de águas, e mudou tudo. Se Cristo é o Filho de Deus, possui a mesma essência divina; se é o Cordeiro que tira o pecado do mundo, então, quando morreu na cruz, a porta do céu, fechada pelo pecado, foi aberta para nós pela primeira vez desde o Éden. Nenhum evento na história poderia ser mais importante para todos os seres humanos.

5.    A divindade de Cristo é uma doutrina que possui uma qualidade existencial incisiva e sem paralelos. Se Cristo possui a mesma natureza divina do Pai, se está à destra de Deus, se Ele e o Pai são um, então Jesus é Deus, e como tal é onipotente e onipresente; Ele está presente agora mesmo, e pode transformar nossa vida neste instante como nenhuma outra pessoa poderia fazer. Somente Deus pode responder ao clamor desesperado do salmista: Cria em mim um coração puro, ó Deus (Sl 51.10). Apenas Deus pode criar. Existe até uma palavra especial em hebraico para essa ação: é bara’.

6.    Se Cristo é divino, Ele tem direito sobre toda nossa vida, incluindo nosso íntimo e nossos pensamentos. Se Cristo é divino, nossa obrigação absoluta é acreditar em tudo que Ele diz e obedecer a todas as suas ordens. Se Cristo é divino, o significado de liberdade passa a ser nossa conformidade para com Ele.

Fonte: "Manual de defesa da fé" de Peter Kreeft e Ronald K. Tacelli.

Comentários do blog:

Não sei se concordo com tudo que está escrito. Por exemplo, ele coloca a divindade de Jesus como crucial para o cristianismo. Creio que apesar de ser crucial, a ressurreição talvez seja mais ainda, pois a divindade dEle só pode ser evidenciada através dessa ressurreição. Sem ela é vã a fé cristã.

Por isso, a própria necessidade de se acreditar em tudo o que Jesus disse vem inicialmente de sua autoridade divina que nos é provada por meio da ressurreição. Deus poderia ter escolhido outros meios, mas esse é o que nós podemos saber disso.

Esse seria o ponto de principal discordância. Talvez não discordância, mas um comentário complementar.

Outro ponto seria que, mesmo que Ele não fosse Deus (o que discordo) não significaria necessariamente que ele poderia errar em ensino, pois não é necessário que seja Deus, bastaria que fosse enviado por Ele e seja guiado pelo seu Poder.

Se você nunca pensou nas consequências da Divindade ou não de Jesus, é um bom momento para pensar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário