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Argumento das profecias.
O Alcorão contém profecias preditivas que provam sua origem divina?
Isso é tratado em detalhes no artigo MAOMÉ, SUPOSTOS MILAGRES DE (na
Enciclopédia Apologética).
Entre os pontos destacados estão os seguintes:
A
maioria das predições são na verdade exortações de um líder
militar-religioso para continuarem lutando que Deus lhes daria a
vitória. A única predição substancial foi a respeito da vitória romana
sobre o exército persa em Issus (30.2-4), que não aconteceu no período
de tempo dado pela profecia de "dentro de pouco anos" era esperada.
A
única outra profecia digna de nota é uma referência a dez noites
encontrada na surata 89.2, que é interpretada como uma predição velada
dos dez anos da perseguição sofrida pelos primeiros muçulmanos. Essa é
uma interpretação duvidosa, já que o versículo aparentemente fala de
peregrinação.
Argumento da unidade. Insistir que
o Alcorão deve ser revelação divina porque é coerente e
não-contraditório também não é convincente. Às vezes, as relações de
Maomé foram mudadas, incluindo os "versículos satânicos" citados acima,
em que a revelação original permitia que certa tribo adorasse deuses
pagãos (53.21-23). Essa é uma questão séria para o profeta que acredita
que o politeísmo é o pior pecado.
Todo o conceito de
abrogação (mansukh), em que erros prévios foram corrigidos por
versículos posteriores (chamados nasikh), revela a falta de unidade no
Alcorão. Lê-se na surata 2.1: "Não anulamos nenhum versículo, nem
fazemos com que seja esquecido (por ti), sem substituí-lo por outro
melhor ou semelhante. Ignoras, por acaso, que Allah é Onipotente?". Por
exemplo, a surata 9, versículo 5 é chamada "o versículo da espada", e
supostamente anula 124 versículos que originariamente encorajavam a
tolerância (cf.2.256).0 Alcorão diz enfaticamente "Não há imposição
quanto à religião" (2.256), mas em outros trechos incentiva os
muçulmanos: "Combatei aqueles que não crêem em Allah" (surata 9.29)
e"matai os idolatras, onde quer que os acheis (9.5).Nasikh é uma
contradição porque o Alcorão afirma que"... as palavras de Allah são
imutáveis.." (10.64), que, segundo eles afirmam, o Alcorão é. Pois"...
Nossas decisões são inexoráveis.. "(6.34). Mas o Alcorão ensina a
doutrina da abrogação pela qual revelações posteriores anulam as
anteriores.
Como Gerhard Nehls observou astutamente:
"Gostaríamos de descobrir como a revelação divina pode ser melhorada.
Ela deveria ser perfeita e verdadeira desde o princípio" (Nehls, p. 11).
Alguns muçulmanos, como Ali, afirmam que abrogação é apenas "revelação
progressiva", adaptando a mesma mensagem de Alá a pessoas diferentes que
vivem em períodos diferentes. "Mas a surata 2, versículo 106 [sobre
abrogação] não fala de cultura ou revelação progressiva com referência
às escrituras dadas antes de Maomé, mas apenas aos versículos
alcorânicos!" (Nehls, p. 2). A revelação de Deus, progressiva, durante 1
500 anos, faz sentido, conforme ocorreu com a Bíblia (v. PROGRESSIVA,
REVELAÇÃO – Na Enciclopédia Apologética). Ela traz o cumprimento e
amplia ensinamentos anteriores, em vez de fazer correções, e certamente
não depois de vinte anos. Isso parece particularmente verdadeiro pelo
fato de os versículos corretivos estarem geralmente próximos dos que são
corrigidos. Além disso, há versículos que as abrogações alcorânicas
aparentemente esqueceram de redigir. A surata 7 versículo 54 diz que o
mundo foi criado em 6 dias. Mas a surata 41, versículos 9-12, diz que
Alá levou um total de oito dias para criar o mundo (2 + 4 + 2). Como
ambos podem estar corretos?
O Alcorão também afirma que
os seres humanos são responsáveis pelas próprias escolhas (18.29), e
que Alá de antemão selou o destino de todos, dizendo: "E a cada homem
lhe penduramos ao pescoço o seu destino e, no Dia da Ressurreição,
apresentar-lhe-emos um livro, que encontrará aberto" (17.13; v. tb.
10.99,100).
Mesmo que o Alcorão fosse coerente, unidade
ou coerência é na melhor das hipóteses um teste negativo para a
verdade, não positivo. É claro que se um livro é de Deus, inerrante, ele
não conterá qualquer contradição. Mas só porque um livro não tem
contradições não significa que Deus seja o autor. John W. Montgomery
observou com perspicácia: "A geometria de Euclides é coerente, mas isso
não é suficiente para denominá-la divinamente autorizada" (Montgomery,
p. 9).
Coerência é o tipo de argumento que muitas
pessoas (mesmo cristãos) usam para seus livros sagrados. Mas nem todos
podem ser a Palavra inspirada de Deus, já que são mutuamente
contraditórios. Unidade em si não prova autenticidade divina, ou todos
os livros sagrados coerentes que contraditórios seriam verdadeiros. A
Bíblia é pelo menos tão coerente quanto o Alcorão, mas nenhum muçulmano
admitiria que, por isso, ela seja inspirada por Deus.
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